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eternuridade
Eternuridade, s.f. (do lat. aeternitate por aglutinação com do lat. ternu). Qualidade efémera do que é terno. O que há de eterno no transitório. Afecto muito longo; tristeza suave e demorada. textos e fotos: gouveiamonteiro(at)gmail(dot)com LIGAÇÕES
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30 de maio de 2004
Eternuridade é:
O cimêncio fui eu que inventei, a eternuridade não. Herdei-a por acidente ao folhear "O Marido Eterno" de Dostoiévski. Na primeira página tinha a seguinte dedicatória, do meu pai para a minha mãe: Do Marido que, não sendo eterno, por vezes é terno. Até à eternuridade. Estas frases não têm aspas porque as herdei. O tempo é apenas o buraco das coisas.
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Hora do banho
.: Publicado por lgm @ 5/30/2004 - 0 Comentário(s)
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29 de maio de 2004

Tentei dar-me, mas perdi-me no tempo que se demora a fechar um abraço.
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28 de maio de 2004
Informe

A verdade é que são muitos os dias em que quase não posso funcionar. Não tenho um espírito funcionário. É raro serem mais do que duas ou três as coisas que, num dado momento, posso fazer com a honestidade crítica das crianças. Frequentemente acordo com a missão única e urgente de ir ler a Vanessa para o jardim ou de assistir aos progressos da minha barba preguiçosa, que devia estar resolvida há anos, mas só agora se atreve a avançar para o derradeiro território, entre os maxilares superior e inferior.
Quando era novo eu recebia, de anos a anos, uma prenda sem preço. A minha avô levava-me a visitar o maior poeta de Coimbra, um semi-deus. Foram três escassos encontros, mas suficientemente intensos para me deixaram várias histórias. Lembro-me bem dos recantos do consultório e do escritório de casa (da pequena cama abraçada pelas estantes do escritório e inspirada em Montaigne, onde lia mais quente).
Na primeira visita contou-nos que a Clarinha quando era pequena chegou a casa a dizer que tinha visto uma tourada na televisão. O jogo, segundo a menina, consistia num homem a tentar vestir um casaco vermelho a um touro. Nesse dia ainda demonstrou que os cheiros são gatilhos de memórias e de lugares e provou o que dizia, tirando da gaveta uma ramo de alfazema carregadinho de Trás-os-Montes.
O mais importante acontreceu na última visita. Eu estava a acabar o liceu e tinha que escolher um curso. Tinha uma inclinação recente pela Filosofia, mas ao resto do mundo pareciam mais prudentes as Ciências da Comunicação, já que era isso que andava a tentar fazer: comunicar. Ele perguntou-me o que é que eu queria mesmo fazer. Achei que tinha de responder com verdade àquela pergunta era aquela e disse-lhe que queria escrever. Respondeu-me que fazia muito bem, se era disso que gostava. Mas avisou-me que era um trabalho difícil, pois teria que ler tudo o que já foi escrito, para saber por onde começar. Quanto aos estudos, disse-me para ignorar o mundo e escolher Filosofia e para ser do contra e mudar de opinião as vezes que fossem precisas. Isto porque, segundo o Poeta, eu sou informe, o que é mais raro e, por isso, mais útil. Era um poeta simpático.
No fim da conversa, já ele sabia que tinha à frente um aspirante, disse que quanto mais importantes são as coisas mais nomes têm. Testámos a teoria desfiando os muitos nomes do diabo e da morte.
Um ano depois ele tinha morrido e já eu saía da Filosofia e entrava na Comunicação. e ainda bem. Agora vou ser informe outra vez. Quando o mundo espera de mim que engorde e faça filhos vou fazer precisamente o contrário. Vou jogar à bola todos os dias e retomar o curso que ele ajudou a escolher. Trabalharei apenas para mim.
.: Publicado por lgm @ 5/28/2004 - 0 Comentário(s)
26 de maio de 2004
Fantasia com Sol

O Porto ganhou a Liga dos campeões, vou com a minha mãe a um jogo do euro, a duas paragens de metro de minha casa. Vou ver os Pixies que julguei perdidos para sempre, 12 anos depois de os ter trocado por uma noite de estudo para entrar na universidade. As coisas estão a correr bem ao Durão Barroso, os valentões vão presos e ainda vamos transformar este sítio num país. O Verão é uma fantasia com sol.
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Trânsito de Vénus

É muito raro. A última vez que o vi foi em 1832, estava na altura encarnado numa girafa (é bem pior do que ser português, posso garantir. Por falar nisso, hoje vi um taxi com a bandeira portuguesa.) O capitão Cook tinha escrito umas coisas sobre o fenómeno. É uma vez, de séculos a séculos, quando decide passar todo o trânsito daquele tranquilo planeta de mulheres. Todo, de uma vez, numa hora de ponta gigante. A confusão é tamanha que se vê da terra na forma de um ponto preto no sol. Depois, durante o resto do tempo, ninguém se preocupa com estacionamento. É giro andar na rua com os óculos de eclipse.
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23 de maio de 2004
O mundo é uma varanda

O meu mundo é uma varanda. O mundo é a minha varanda. Tem tudo e em todas as cores. É por isso que já quase não saio de casa.
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22 de maio de 2004
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21 de maio de 2004
Instante total

(continua)
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20 de maio de 2004
My man
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19 de maio de 2004
Outra vez Deus

Está largamente descrita a morte de Deus desde o fim do século XIX. Ainda assim, acho que nos compete estudar a hipótese de a divinadade não ter falecido. É possível que Deus esteja apenas preso, prisioneiro de guerra, capturado na batalha da Razão. No dia em que um neurologista me conseguir explicar o amor e a inveja, no dia em que a ciência e os psiquiatras me explicarem por que carga de àgua é que a natureza me passa o dia a piscar os olhos e a mater-na na cabeça que tudo é mágico, que tudo é bom ... nesse dia, deixo de me preocupar com Deus. Até lá é um daqueles mistérios fundamentais como a música, que de sete notas faz combinações infinitas; como o amor e jogo, que todas as culturas necessariamente inventam, sempre pela primeira vez. Recentemente descobri que o deslumbramento afinal é preciso. Sem ele teria ficado na cama, só mais um bocadinho, uma outra e outra vez. Eu sabia que ia dar trolha se me metesse a falar sobre Deus.
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18 de maio de 2004
Ser imortal é insignificante

Hoje, porque estive a ler a Praia, apetece-me plagiar Borges de uma maneira selvagem. Ele disse que ser imortal é bem pouca coisa. À excepção do homem todos os animais são imortais, porque ignoram a certeza da morte. Têm tempo porque são imortais. São ociosos, os bichos. O homem é mortal apenas porque tem consciência disso.
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Viagem magnífica

"Feliz aquele que fez uma grande viagem." Homero
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16 de maio de 2004
Impressionismo digital

Ela foi de rosa shock ao baile da primavera. Levou fúscia e ele ficava mais sexy sem óculos.
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Adeus

Gosto de despedidas porque lembram que toda a gente é sozinha.
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Adeus

Gosto de despedidas porque me fazem sempre lembrar toda a gente é sozinha.
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Mal viver

Tive outra vez aquela espécie de sensação de deslocamento da retina. Foi quando acabei de ler o artigo sobre o Dali, no Público, e avancei para o resto do jornal. Outra vez porque já é costume sentir isso quando acabo de ler o Inimigo Público e começo a ler o jornal. É a sensação de uma realidade a morrer. Passar de um mundo bonito e a cores para uma coisa morta a preto e branco.
Num daqueles momentos em que o pensamento foi mais rápido do que a língua, dei por mim a pensar que o problema não era sequer meu nem do país. Que queria mesmo sair daqui, do mundo todo. Não se deixem impressionar, não não estou triste muito menos mal disposto. Sou um optimismo, no dia em que isto estiver tudo em chamas direi mais ainda que vai correr tudo bem. Foi apenas um pensamento antes da língua. Segundo o qual este mal viver - este ódio-próprio que anda metido no meio das pessoas - só se resolve com espaço, mais espaço.
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15 de maio de 2004

"O belo é um promessa de felicidade." Stendhal

(o ponto final está entre aspas porque também foi o Stendhal que o pôs)
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12 de maio de 2004
Melatonina

A Melatonina é uma neuro-hormona produzido pela glândula pineal e, acredita-se, apresenta como principal função regular o sono. Esta hormona é produzida desde o momento em que se fecham os olhos. Na presença de luz, entretanto, é enviada uma mensagem neuro-endócrina bloqueando a sua formação. A secreção dessa substância é quase exclusivamente determinada por estruturas fotossensíveis, principalmente à noite.
A Melatonina é uma substância classificada como indolamina e tem como precursora a serotonina, um importante neurotransmissor. Especula-se que a as estruturas fotoreceptivas, da retina e da glândula pineal, produzem a Melatonina, modificando a via de síntese da serotonina através de uma enzima, a serotonina-N-acetiltransferase. A Melatonina circulante actuaria nos diversos sistemas do organismo preparando e induzindo o sono. Este aparato de produção da Melatonina esta presente nos vertebrados em geral.
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No Verão

Vence-te.
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11 de maio de 2004
Vida bífida

Acordei sem uma única opinião. Dei a última, ontem à noite, a um amigo em apuros. Sou só dúvida e curiosidade. No mundo não encontro nem o bem nem o mal, apenas perigos e promessas. Em tudo vejo equilíbrio, em todo o lado só prós e contras. Como se o universo fosse necessariamente simétrico e bífido como a língua das cobras. Como se só existisse cinzento e não houvesse centro nem partido a tomar.
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10 de maio de 2004
Sangue
.: Publicado por lgm @ 5/10/2004 - 0 Comentário(s)
Gostava de falar de Deus

Mas não sei por onde começar. Na única vez que acreditei ele chamava-se Tupã. Foi com os índios de Barra Velha, no Brasil. Era um Deus boa-onda, sem medo nem castigo. Dava-nos o sol, a lua, o caranguejo no mangue, a hortaliça na roça e o peixe no mar. Para existir, Deus terá que ser boa pessoa.
.: Publicado por lgm @ 5/10/2004 - 0 Comentário(s)
9 de maio de 2004
A4
.: Publicado por lgm @ 5/09/2004 - 0 Comentário(s)
.: Publicado por lgm @ 5/09/2004
7 de maio de 2004
A poética da luz

A poesia não está nas coisas, está na luz que os olhos descobrem nelas. As coisas são todas bonitas desde que estejam bem iluminadas.
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Linhas de ferro

Para escrever é preciso e um assunto e duas linhas de ferro. Em cima delas pode viajar-se devagar até uma boa conclusão.
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Pensamento antes da língua

Há pensamento antes da língua. Uma pessoa pode soar muito mal quando tenta, em conversa, enunciar pela primeira vez uma coisa que já pensou, mas nunca disse, muito menos escreveu. Só depois de capturada pelas palavras uma ideia se confronta consigo mesma. Quando se pensa uma coisa pela primeira vez sente-se apenas a sua força relativa e traiçoeira. Dizer ou escrever uma ideia pela primeira vez pode, por exemplo, revelar que ela é simplesmente cretina.
.: Publicado por lgm @ 5/07/2004 - 0 Comentário(s)
6 de maio de 2004
Teatro do Mundo
.: Publicado por lgm @ 5/06/2004 - 0 Comentário(s)
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Mania da Luz

O Sol tem a mania de se meter no meio das árvores. Claro que esse é o ponto de vista das árvores. Já o astro amofina-se com os vegetais por achar que eles têm a mania de lhe gastar o calor. Eu agora tenho a mania da luz.
.: Publicado por lgm @ 5/06/2004 - 0 Comentário(s)
Sou de viagem

Estou de viagem, mesmo no regresso, estou de viagem.
.: Publicado por lgm @ 5/06/2004
5 de maio de 2004
Sou de passagem

Estou de passagem, mesmo se me demoro, estou de passagem.
.: Publicado por lgm @ 5/05/2004 - 0 Comentário(s)
3 de maio de 2004
A espera

Gostaria que a natureza me explicasse o que espera de mim. A missão esconde-se atrás das costas de um relógio. No dia em que acaba a juventude e começa a idade de construir o mundo todos os homens recentes devem já ter recebido uma tarefa. Depois poderão construir um método, que tanto pode falhar quanto vencer. É indiferente. O que conta é eliminar essa dúvida. De certa forma, cumprem sempre a tentativa a que correspondem. Desde que possam tentar aquela forma de vida. Para ver se funciona, só isso. Se funcionar repete-se, se falhar não, é igual. Mas, como é natural, compensa mais quando funciona.
.: Publicado por lgm @ 5/03/2004 - 0 Comentário(s)
Centro e fuga

A Igreja esconde dos homens, há muitos milhares de anos, o terrível segredo de que o Tempo não existe. É isso que explica a sua imensa fortuna. Os bispos trazem detidos exércitos de cientistas. Apenas por saberem que as estrelas ainda brilham depois de mortas e que a matéria - portanto a carne - pode ir de um síitio para o outro sem atravessar espaço entre os dois pontos.
.: Publicado por lgm @ 5/03/2004 - 0 Comentário(s)
Terramoto
Aconteceu aqui um acidente. Isto vai ser reconstruído. Um acto falhado a mexer nos settings e a eternuridade morreu por instantes. Recupera agora, lentamente, a memória que, como sabem, inclui o esquecimento. Como todas as boas tragédias, esta será posta ao serviço de um melhoramento. O processo vai ser lento. Já tenho os oito meses em ficheiro. Esta memória, como todas as outras, vai ser reconstruída e reagrupada, como nos sonhos, como nos filmes. O pó dos dias vai ajudar. E, uma vez mais, vai aqui provar-se que o Tempo não existe.
.: Publicado por lgm @ 5/03/2004 - 0 Comentário(s)
2 de maio de 2004
Gente
Ele há gente perigosa e ele há gente bonita. Há muita gente de sangue bom e até gente há que constrói personagens e é devorado por elas. A diferença pega-se e ainda bem.
.: Publicado por lgm @ 5/02/2004 - 0 Comentário(s)
O prometido é de vidro

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.: Publicado por lgm @ 5/02/2004 - 0 Comentário(s)
1 de maio de 2004
Diálogo

- Não podes andar assim todo nú, no teu blog.
- Então mais vale estar quieto?
- Não, mete só fotos. Agora como está, sem fotos e com aqueles textos gordurosos, até mete dó, pá.
- Nisso das fotos tens razão, é um vergonha, parece a tv cabo. Mas é só uma semana, no 1º de Maio já está.
- Não me lixes pá, não me linkes.
.: Publicado por lgm @ 5/01/2004 - 0 Comentário(s)
Promessas

Quando tivermos um filho temos que lhe dar uma boa mesada para ele dar flores às raparigas.
.: Publicado por lgm @ 5/01/2004 - 0 Comentário(s)
Promessas

Quando tivermos um filho temos que lhe dar uma boa mesada para ele dar flores às raparigas.
.: Publicado por lgm @ 5/01/2004 - 0 Comentário(s)
CAIXA NEGRA
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