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eternuridade
Eternuridade, s.f. (do lat. aeternitate por aglutinação com do lat. ternu). Qualidade efémera do que é terno. O que há de eterno no transitório. Afecto muito longo; tristeza suave e demorada. textos e fotos: gouveiamonteiro(at)gmail(dot)com LIGAÇÕES
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30 de julho de 2004
Canto mudo

Fico deste lado em silêncio. Este amor não tem palavras. Este amor não tem remédio.
.: Publicado por lgm @ 7/30/2004 - 0 Comentário(s)
Vendem-se

Começos de romances. Escritor desistente com efabulação precoce cede inícios de histórias a troco de gratificação simbólica.
.: Publicado por lgm @ 7/30/2004 - 0 Comentário(s)
22 de julho de 2004
Eternuridade, o bloco

Falar da realidade foi um pouco demais. Mexeu com os estatutos não escritos da eternuridade, que se transferiu para um bloco. Não por muito tempo, nem por pouco. Durante a próxima semana vou para a minha ilha e a dita será só bloco. O que se aproveitar há-de vir aqui parar.
.: Publicado por lgm @ 7/22/2004 - 0 Comentário(s)
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.: Publicado por lgm @ 7/22/2004 - 0 Comentário(s)
21 de julho de 2004

Todas as épocas pensam possuir já a grande fatia do conhecimento. Sentem que chegaram de certa forma ao fim, ao momento em que o mundo pensou tudo e já se pensa a si próprio. É mentira, é muito mais aquilo que se desconhece. O mistério continua intacto.
.: Publicado por lgm @ 7/21/2004 - 0 Comentário(s)
Triunfo da vontade
As fotografias continuam espalhadas pela casa, como se ela exigisse ainda as imagens de quem ama. Se as retirar, elas regressam. É como a magia do mundo quando nos parece querer mostrar que tem uma vontade colectiva e nos tenta empurrar para o sentido contrário das nossas decisões. Mas não é o mundo que fala, somos nós. É a roupa interior que não conseguimos mudar.
.: Publicado por lgm @ 7/21/2004 - 0 Comentário(s)

O que nós às vezes não temos é tomates para fazer novos começos. É doloroso assassinar a personagem interior (anterior). Tenho agora outro começo. O Verão é sempre um novo começo.
.: Publicado por lgm @ 7/21/2004 - 0 Comentário(s)
6 de julho de 2004
O Poder que ninguém quer

Caro compatriota Jose Barroso,

Sabendo que tem nas mãos a impensável tarefa de escrever um programa para a Europa e a necessidade de o defender perante o Parlamento, decidi escrever o que quero para o continente. Gosto de ser daqui e aflige-me que não tenha ainda enunciado sequer uma ideia para o mandato. Desta vez não lhe vai bastar a especialidade em gestão de expectativas. Sei pouco do assunto, mas há três coisas que terá de fazer antes de o aceitarmos de volta. Até lá tenho dúvidas que o senhor e o seu antecessor, que também deu à sola, tenham o direito de continuar a usar bilhete de identidade português.

- Foi-nos prometido durante a última presidência portuguesa da União que a Europa chegaria a 2010 sendo mais potente do que a super-potência. A chave desse sucesso seria a economia do conhecimento, uma bonita ideia que serviu de conceito fundamental para a estratégia de Lisboa. Até ver, essa economia ainda não criou indústrias. Os governos ainda não perceberam que a rede e o virtual mudaram tudo o que diz respeito a produção e trabalho. Continuam a investir em máquinas em vez de pessoas que as saibam operar. No fim do seu mandato terá de ser possível estudar, trabalhar e pagar impostos em qualquer dos 25 países da União. Sem sair de casa. Se conseguir, até lhe dou o meu BI.

- A circulação de pessoas e ideias não precisa só de ser livre, tem mesmo que acontecer. Não se juntam culturas por decreto, o mínimo que se pode fazer é promover esse encontro. Em termos de cidadania, a europa é apenas o Inter-Rail, o programa Erasmus, o campeonato de futebol e a Eurovisão. Nas eleições já ninguém aparece. Temos uns dos outros uma visão demasiado periférica. Ainda nos achamos exóticos quando deviamos estar já a roubar o melhor uns dos outros. A comida, a música, a literatura, as mulheres e os homens. Temos que nos misturar para criar novos genes. São ainda poucos os que o fazem, os do Esperanto. E esses são ainda estrangeirados. Nesta fase do mundo já não devia haver estrangeirados.

P.S. - E por amor de Deus, não vá desistir para Bruxelas. Aguente-se à bronca e leve a coisa até ao fim. E não faça fitas para tomar decisões, é para isso que lhe pagam. E pense nisto: os nosso primeiros ministros bazam, fartam-se. Eu votei no presidente que chora. Votei porque sabia que ele chorava, mas esperava que pudesse também tomar decisões. Poder é ser capaz de interromper. Não acredito que Sampaio possa ser o encarregado de educação da direita trauliteira. Estranho será que sirva de garante a um programa que nunca foi o seu. Mas que merda de poder é o nosso, que ninguém quer governar?
.: Publicado por lgm @ 7/06/2004 - 0 Comentário(s)
4 de julho de 2004
Morrer na Praia

Morrer na praia é sempre uma vitória do náufrago, um triunfo da vontade. É precisa coragem para nadar até ao derradeiro sopro de vida. Para morrer, no areal.
Para além disso, neste caso deu-se um passo em frente. Dantes morria-se no mar. Da próxima vez chegaremos com vida. Na segunda-feira temos finalmente um começo. Um daqueles raros começos. Temos que organizar as eleições e fazer as coisas andar. Pela parte que me toca vou pagar o condomínio, comprar o selo e tratar do carro e das obras. Vá lá ver.
.: Publicado por lgm @ 7/04/2004 - 0 Comentário(s)
Viver na Praia

Hoje vamos matar a morte; aprender a ganhar. Nem mau perder nem mau ganhar. É preciso aprender a ganhar, mudar os números, bater as estatísticas. Vamos vencer a vitória. Temos de aprender a viver numa praia. Vamos fazer a vida na praia.
.: Publicado por lgm @ 7/04/2004 - 0 Comentário(s)
3 de julho de 2004
.: Publicado por lgm @ 7/03/2004 - 0 Comentário(s)
.: Publicado por lgm @ 7/03/2004 - 0 Comentário(s)
2 de julho de 2004
.: Publicado por lgm @ 7/02/2004 - 0 Comentário(s)
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