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eternuridade | |
Eternuridade, s.f. (do lat. aeternitate por aglutinação com do lat. ternu). Qualidade efémera do que é terno. O que há de eterno no transitório. Afecto muito longo; tristeza suave e demorada. textos e fotos: gouveiamonteiro(at)gmail(dot)com | LIGAÇÕES .: www.luisgouveiamonteiro.com .: A Natureza do Mal .: Mar Salgado .: Lita .: Lito .: Físico Prodigioso .: A minha afilhada |
31 de janeiro de 2005 | |
Não existe nem matéria nem gente. As coisas são as ideias da natureza |
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.: Publicado por lgm @ 1/31/2005 - 0 Comentário(s) | |
Deves-me 100 Gigas | |
Temos as contas todas feitas, não me deves nada. A não ser (pelo menos) 100G de memórias involuntárias: és a segunda circular por causa dos crepes do fonte nova, moras em todas as casas onde um dia estiveste, estás nas comidas de que gostas e nas que detestas. És um fantasma enorme. A derradeira arma de recordação em massa, o perfume, continua no mesmo sítio. Na pequena gaveta da cómoda que serve apenas para o esconder. O dinheiro todo do mundo não me faria aproximar dele. Devia ir para o lixo, tanto mais que sobre este perfume de mulher e de vingança se disseram as mais crueis frases do mundo. Ainda não me aproximo dele, por causa dos Gigas. Sai-me do disco porque o meu disco é muito mole. Deves-me 100 Gigas porque ainda és o inverno só por causa do frio. | |
.: Publicado por lgm @ 1/31/2005 - 0 Comentário(s) | |
30 de janeiro de 2005 | |
.: Publicado por lgm @ 1/30/2005 - 0 Comentário(s) | |
29 de janeiro de 2005 | |
Tudo ligado | |
Eu sei que o tema é sempre o mesmo, mas tenho passado o tempo quase todo em casa. E é preciso começar por algum lado. Agora estou mais uns dias de férias e se ganhar coragem vou tirar umas fotografias à rua. Isto está tudo ligado. |
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.: Publicado por lgm @ 1/29/2005 - 0 Comentário(s) | |
Ecoterrorismo | |
Para a Sofia do Mal |
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.: Publicado por lgm @ 1/29/2005 - 0 Comentário(s) | |
28 de janeiro de 2005 | |
.: Publicado por lgm @ 1/28/2005 - 0 Comentário(s) | |
27 de janeiro de 2005 | |
.: Publicado por lgm @ 1/27/2005 - 0 Comentário(s) | |
Pixel | |
No fundo são sempre poucas as diferenças entre as estrelas e a poeira no monitor. | |
.: Publicado por lgm @ 1/27/2005 - 0 Comentário(s) | |
.: Publicado por lgm @ 1/27/2005 - 0 Comentário(s) | |
22 de janeiro de 2005 | |
Prémio de consolação | |
A ideia de que a inteligência só causa sofrimento só pode ter vindo de uma pessoa triste. | |
.: Publicado por lgm @ 1/22/2005 - 0 Comentário(s) | |
20 de janeiro de 2005 | |
Expunge pecuniary priapism | |
As palavras não acompanharam a rapidez das mudanças da experiência. São agora a carcaça de categorias que mudaram ou morreram. Na falta de uma língua nova, natural, só as mais improváveis combinações da língua antiga nos permitem uma espécie de retrato deste mundo feito da mistura. Provavelmente o acerto desse retrato é daquelas coisas de que se gosta sem perceber; daquelas coisas que não se conseguem desmontar. São essas novas combinações - belas e misteriosas - que se guardam no frigorífico. Até ao dia em que uma língua astuciosa seja capaz de as descongelar. |
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.: Publicado por lgm @ 1/20/2005 - 0 Comentário(s) | |
Sociedade do desejo | |
Está um senhor na televisão a dizer que às vezes é preciso desistir do amor. Tem cabelos brancos e uma mágoa resolvida que lhe confere uma certa segurança. A senhora que o acompanha é mais mulher, mas respeita-o demais. Estou um bocado farto de falar do amor, enche-me isto de gordura. Mas anda tudo ao mesmo. O meu pediatra diz que o amor é químico e está farto de me ver nas urgências. Os meus amigos querem mulheres; as minhas mulheres querem amigos. | |
.: Publicado por lgm @ 1/20/2005 - 0 Comentário(s) | |
17 de janeiro de 2005 | |
Existe já um pequeno exército de gente que há mais de cem anos tenta escutar as vozes das coisas. Percebem que as categorias morreram todas e que para as palavras fazerem sentido é preciso dar-lhes imensas voltas, misturar muito. À medida que a gente se vai transformando em máquina - parecendo-nos cada vez mais com elas - vai aprendendo a sua poesia também. A única escrita coerente que conheço é a do meu frigorífico. No meu firgorífico as ideias são livres e emergem sem vergonha. Entre pessoas, bichos e máquinas, este exército absurdo ganha todos os dias terreno à medida que se confirma que isto ainda agora começou, que tudo se desconhece e que a história não começa nem acaba aqui. |
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.: Publicado por lgm @ 1/17/2005 - 0 Comentário(s) | |
Não é prudente produzirem-se imagens que não se consigam esquecer. Quando as coisas corriam pior ele ligava-me e dizia: "Podes voltar, ela não tirou as fotografias". O regime estava de pé. | |
.: Publicado por lgm @ 1/17/2005 - 0 Comentário(s) | |
16 de janeiro de 2005 | |
Tu, por exemplo | |
Confessa que nos primeiros tempos ainda consegui um tempo sem pressa, a ideia de uma vida inteira assim. Mas perde-se sempre esse fôlego. A capacidade de dar uma nova volta à ampulheta e de fazer a areia voltar a cair com força. A todos se pede que o façam: que transformem informação em neguentropia. Foi para resolver o acaso que se inventaram sistemas. As minhas saídas ora estão antes ora depois das entradas. O meu sistema tem falhas. |
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.: Publicado por lgm @ 1/16/2005 - 0 Comentário(s) | |
15 de janeiro de 2005 | |
.: Publicado por lgm @ 1/15/2005 - 0 Comentário(s) | |
13 de janeiro de 2005 | |
Autopoiesis | |
"Sem as máquinas já não somos gente", diz a senhora da tabacaria enquanto dedilha a calculadora porque a cabeça nos falha ao somar um público sem livro com um sg ventil. |
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.: Publicado por lgm @ 1/13/2005 - 0 Comentário(s) | |
.: Publicado por lgm @ 1/13/2005 - 0 Comentário(s) | |
11 de janeiro de 2005 | |
Entropia | |
Hoje demorei-me à janela mais dez minutos do que o previsto. Por causa disso quando estava a acabar o cigarro vi ainda o homem dos cenários a desmontar a paisagem que semprei julguei existir em frente à minha varanda. Desta vez percebi que a culpa é minha, não é do sistema que me ajuda a sobreviver. Eu é que não tinha nada que me ter atrasado à janela. |
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.: Publicado por lgm @ 1/11/2005 - 0 Comentário(s) | |
6 de janeiro de 2005 | |
.: Publicado por lgm @ 1/06/2005 - 0 Comentário(s) | |
Amor é ... | |
... uma palavra hipercalórica. Ele é chileno e faz tudo bem. Com 17 anos, ele escreve como o Salinger, passeia nas margens do rio que fez pensar o Walser, toca para estádios de futebol e canta para homens e mulheres. Está a caminho da vida, o que é muito melhor do que lá estar. Ela é argentinha, suiça, portuguesa e inglesa. Fala a língua que for precisa como se fosse a dela e é bonita demais para sofrer do coração. Durante o entardecer e pela noite dentro, falam ao computador e combinam o regresso ao colégio e a partida para a universidade. |
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.: Publicado por lgm @ 1/06/2005 - 0 Comentário(s) | |
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