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eternuridade | |
Eternuridade, s.f. (do lat. aeternitate por aglutinação com do lat. ternu). Qualidade efémera do que é terno. O que há de eterno no transitório. Afecto muito longo; tristeza suave e demorada. textos e fotos: gouveiamonteiro(at)gmail(dot)com |
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30 de agosto de 2004 | |
Quantos são? | |
![]() Todos os dias são um novo começo. A minha vida começa agora. |
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.: Publicado por lgm @ 8/30/2004 - 0 Comentário(s) | |
28 de agosto de 2004 | |
Aprender a amar (1) | |
És o silencio que me persegue
O som do telefone calado A mensagem que não foi escrita O sonho que não deixa dormir E de que serve saber ao certo Que não é disto que se morre Que haverá mais amar e perder Quando sei que não vai ser por ti Que eu vou sofrer outra vez Por isso desperdiço palavras Para escrever um poema tão mau Que arranque de mim a ideia De que nada é tão negro Do que estar no mundo sem ti Porque - sabes bruxinha - tudo pode ser sempre pior |
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.: Publicado por lgm @ 8/28/2004 - 0 Comentário(s) | |
27 de agosto de 2004 | |
O que será, será | |
A felicidade vive-se. É quase só a tristeza que se canta, para se gastar. A eternuridade é feliz, mesmo quando tem dores de crescimento. Vai correr tudo bem, mesmo que corra tudo mal. Mas não, não é indiferente. Nada é indiferente. | |
.: Publicado por lgm @ 8/27/2004 - 0 Comentário(s) | |
26 de agosto de 2004 | |
Aprender a sofrer (2) | |
A minha cama está fria como um cadáver. Esta noite morreu um sonho bonito. Chegou a hora de aprender a sofrer. | |
.: Publicado por lgm @ 8/26/2004 - 0 Comentário(s) | |
25 de agosto de 2004 | |
Podia cair em desgraça, mas não. Chega-me bem a recusa. Um mendigo é um pato bravo ao contrário. Afinal sou mais forte do que eu. Já não me basta uma estética que me divirta. Quero uma ética que me console. | |
.: Publicado por lgm @ 8/25/2004 - 0 Comentário(s) | |
24 de agosto de 2004 | |
A braços | |
O mundo acaba no fim dos teus braços. Ainda o calor suspenso me aquece. A paz mora na força meiga do aço. Só perdendo-te te soube feliz. Seja essa a minha vitória. O amor não acaba no fim do amor. A vida dura um abraço. O mundo morre no calor dos teus braços. | |
.: Publicado por lgm @ 8/24/2004 - 0 Comentário(s) | |
22 de agosto de 2004 | |
E finalmente chorei. De nada serviu. Os amores trágicos não se resolvem e é por isso que são trágicos. Todos os remédios são em potência veneno. Estou nas mãos do tempo, que repetidamente insultei, acusando-o de ser uma fraude, de não existir. Obriga-me agora a prudência a não contar com a sua colaboração. Estou entregue a um espectro que sempre trato de negar. Talvez seja de considerar a hipótese de, afinal, isto não correr tudo bem. | |
.: Publicado por lgm @ 8/22/2004 - 0 Comentário(s) | |
A fraqueza é o principal traço da natureza humana. A civilização é uma fraqueza, existe para resolver o medo do amor e da morte. Passei a vida toda a tentar disfarçá-la. Gostaria de passar o tempo que me resta a combatê-la em vão. | |
.: Publicado por lgm @ 8/22/2004 - 0 Comentário(s) | |
20 de agosto de 2004 | |
Dor seca | |
Se esta dor não fosse tão seca, se eu fosse mesmo um poeta, talvez pudesse chorar. Tirava-te de mim pelos olhos, esquecia-te líquida e não haveria mais chuva. Seria tudo Verão outra vez. Sou como um peixe com asas, deixado no fundo do mar. | |
.: Publicado por lgm @ 8/20/2004 - 0 Comentário(s) | |
Gesto nulo | |
Às vezes não fazer nada é o único gesto possível. Escrever longas mensagens que não se querem mandar. Para, no fim, carinhosamente apagar. | |
.: Publicado por lgm @ 8/20/2004 - 0 Comentário(s) | |
16 de agosto de 2004 | |
Compreendo bem aqueles que me detestam. Gostaria por vezes de me juntar a eles para analisar a minhas irritâncias. O mesmo para os que me adoram. A primeira pessoa do singular não existe de verdade. Eu existo na primeira pessoa e meia e nem sempre no singular. Algures entre o eu e o tu. Só me revejo no espelho, virado ao contrário. Mas esse não sou eu, nem tu. | |
.: Publicado por lgm @ 8/16/2004 - 0 Comentário(s) | |
A imaginação é um jardim de inverno onde não tenho nada para dizer, mas digo. Pelo simples prazer de constatar que tudo está por descobrir. | |
.: Publicado por lgm @ 8/16/2004 - 0 Comentário(s) | |
"A língua com que se pensa não é a mesma com que se fala" | |
.: Publicado por lgm @ 8/16/2004 - 0 Comentário(s) | |
Não é o meu consciente que tento mudar, é o inconsciente, o que fica por baixo. É a profundidade que me pesa, que me atrasa porque a desconheço. | |
.: Publicado por lgm @ 8/16/2004 - 0 Comentário(s) | |
Se não fosse daqui seria de cá | |
Os sítios também se gastam. A cidade e eu já não temos nada para oferecer um ao outro. A partida está iminente. | |
.: Publicado por lgm @ 8/16/2004 - 0 Comentário(s) | |
14 de agosto de 2004 | |
I DON'T WANNA GROW UP
|D| - |D| - |Asus4| - |D| D Asus4 D Well, when I'm lyin' in my bed at night, I don't wanna grow up D Asus4 D Nothin' ever seems to turn out right, I don't wanna grow up Bm F#m G Asus4 How do you move in a world of fog, that's always changing things Bm F#m G Asus4 Makes me wish that I could be a dog Well, when I see the price that you pay, I don't wanna grow up I don't ever wanna be that way, I don't wanna grow up Seems like folks turn into things that they'd never want The only thing to live for is today D Asus4 D I'm gonna put a hole in my TV set, I don't wanna grow up D Asus4 D Open up the medicine chest, and I don't wanna grow up Bm F#m I don't wanna have to shout it out Bm F#m I don't want my hair to fall out Bm F#m I don't wanna be filled with doubt Bm F#m I don't wanna be a good boy scout Bm F#m I don't wanna have to learn to count Bm F#m I don't wanna have the biggest amount G Asus4 D and I don't wanna grow up Well, when I see my parents fight, I don't wanna grow up They all go out and drinking all night, and I don't wanna grow up I'd rather stay here in my room, nothin' out there but sad and gloom I don't wanna live in a big old Tomb on Grand Street, ooh! When I see the 5 o'clock news, I don't wanna grow up Comb their hair and shine their shoes, I don't wanna grow up Stay around in my old hometown I don't wanna put no money down I don't wanna get me a big old loan Work them fingers to the bone I don't wanna float a broom Fall in love and get married, then boom How the hell did we get here so soon Well, I don't wanna grow up Tom Waits |
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.: Publicado por lgm @ 8/14/2004 - 0 Comentário(s) | |
12 de agosto de 2004 | |
Vá para o escuro, por favor | |
![]() |
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.: Publicado por lgm @ 8/12/2004 - 0 Comentário(s) | |
Chega a ser possível amar uma pessoa agitada pela calma que apresenta. | |
.: Publicado por lgm @ 8/12/2004 - 0 Comentário(s) | |
8 de agosto de 2004 | |
Depois de partir terei saudades das mulheres que me pentearam as cicatrizes. Foge comigo esta noite e teremos aí um verdadeiro começo. Se me escreveres vou ser corajoso como uma criança. | |
.: Publicado por lgm @ 8/08/2004 - 0 Comentário(s) | |
7 de agosto de 2004 | |
Agora, hoje, antes de me ir deitar, tenha a certeza de que isto caminha para um governo único, mundial. Uma moeda global e electrónica; os cidadãos idem. A burocracia será toda virtual, logo, por definição, deixará de existir. Os funcionarios públicos serão todos computadores. A contrário das pessoas, já não terão necessidade de complicar a vida das outras pessoas. Um destes dias o Texas terá de acertar contas com o Alentejo. | |
.: Publicado por lgm @ 8/07/2004 - 0 Comentário(s) | |
3 de agosto de 2004 | |
O progresso consiste na simplicação sucessiva das coisas | |
.: Publicado por lgm @ 8/03/2004 - 0 Comentário(s) | |
1 de agosto de 2004 | |
Poema mínimo | |
Era uma coisa preciosa e rara | |
.: Publicado por lgm @ 8/01/2004 - 0 Comentário(s) | |
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